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terça-feira, 8 de junho de 2010

Familia, edificação de Deus. [3]

HOMEM E MULHER – O INICIO DO PROJETO



O início do projeto de Deus, isto é, a família, tem como ponto de partida a união entre um homem e uma mulher (Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma só carne Gn 2:24).
 Ainda hoje vemos muitos casais que se apaixonam, se casam e acreditam que o trabalho está completo, crêem que a partir daí tudo irá funcionar automaticamente. Esta crença está longe de ser verdade, pois para um casamento feliz será necessário a busca, tanto do homem quanto da mulher, de soluções para pequenos e grandes problemas que surgirão no dia-a-dia.

A influência de Cristo na vida do casal é a chave mais importante para uma vida conjugal e o principal ingrediente é o amor derramado pelo Espírito Santo (...o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5:5). Sobre este amor veremos algumas considerações a seguir:

a. O Amor Unindo Materiais Diferentes - Vivemos num tempo em que a vida conjugal está sendo um verdadeiro desafio. O individualismo que tem imperado em nossa sociedade, faz com que o viver a dois se torne um campo de batalhas.
Quando Deus fez o homem, identificou que não seria bom o homem viver só (Gn 2:18) e lhe fez a mulher. Um formado do pó da terra e o outro da costela, materiais diferentes para um mesmo fim. 
O propósito inicial do Criador era que a mulher fosse não só a companheira do homem, mas que se tornasse carne da sua carne quando o homem deixasse o seu pai e a sua mãe e se unisse a ela (Gn 2:24).
Mas a questão é como unir “materiais” tão diferentes? Esta tem sido a grande dificuldade de nossos dias, pois assim como o barro não se une com o ferro, marido e esposa, apesar de viverem debaixo do mesmo teto, não conseguem se entender.
A resposta para esta pergunta está no livro de Efésios 5:28 que diz: “Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama a si mesmo.”
O amor é o responsável pela união de materiais tão diferentes, “o amor é sofredor; é benigno; o amor não é invejoso; não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Co 13:4-7).
O amor é comportamento e não apenas palavras, quando compreendermos isso e nos lembrarmos de nossas juras de amor, agiremos com muito mais carinho, muito mais respeito, muito mais cuidado com aquele(a) que está ao nosso lado.

b. O Comprometimento De Quem Ama – Comprometimento é muito mais do que envolvimento, é uma completa dedicação de ambos para a felicidade um do outro.
O genuíno amor pelo esposo(a) baseia-se na premissa de um genuíno amor por si mesmo. É difícil para o cristão compreender este conceito, pelo fato da maioria das doutrinas bíblicas ensinarem sobre “fazer aos outros”.
Este amar a si próprio não se trata de um amor orgulhoso, egoísta ou vaidoso, mas sim de um sentimento de valor-próprio que nos habilita a poder amar e se comprometer com nosso semelhante.
Jesus perguntou ao jovem rico se ele observava os mandamentos e um deles era amar aos outros como a si mesmo (MT 19:19). Não podemos dar ou fazer aquilo que não temos ou sabemos, contudo quando “Jesus me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2:20b) fez com que o amor do Pai através do Espírito estivesse em nós e este amor deve nos proteger de sentimentos de inferioridade e complexos para que estes sentimentos não venham a interferir em nosso comprometimento.    

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